Trabalho
de
Geografia
Tema:Mundo Árabe
Introdução
O Império Árabe teve
sua formação a partir da origem do islamismo, religião fundada pelo profeta Maomé. Antes
disso, a Arábia era composta por povos semitas que, até o século VII, viviam em
diferentes tribos. Apesar de falarem a mesma língua, estes povos possuíam
diferentes estilos de vida e de crenças.
O Mundo Árabe
O mundo árabe, ou arabofonia, referem-se ao conjunto de países que falam o árabe e se distribuem geograficamente, do oceano
Atlântico, a oeste, até o mar
Arábico, a leste, e do mar
Mediterrâneo, a norte do Corno
de África, até o nordeste
do oceano
Índico. É constituído por 22
países e territórios com uma população combinada de 360 milhões de pessoas
abrangendo o Norte de África e a Ásia Ocidental.
O
sentimento de nacionalismo árabe surgiu na segunda
metade do século
XIX, juntamente com
outros nacionalismos dentro
do Império Otomano. A Liga
Árabe foi formada
em 1945 para representar os
interesses dos árabes e, especialmente, para o
exercício da unificação política do mundo árabe, um projeto conhecido como
o pan-arabismo. Hoje, os Estados árabes se caracterizam pelos
seus governos
autocráticos e falta
de controle democrático. Os protestos populares em todo o
mundo árabe no final
de 2010 e início de 2011 são direcionados contra
os governos
autoritários e a corrupção política, combinada com a exigência de mais direitos democráticos.
Definição
A denotação linguística e política
inerente ao termo "árabe" são geralmente dominantes sobre as
considerações genealógicas. Assim, os indivíduos com pouca ou nenhuma
ascendência direta da Península
Arábica poderiam
identificar-se ou serem considerados como árabes, em parte por força da sua língua
de origem. Essa identidade, no entanto, é contestada por muitos povos de origem
não-árabe; A Liga
Árabe, uma organização
regional de países destinada a enquadrar o mundo árabe, define um árabe como:
“Um árabe é uma pessoa cuja língua
é o árabe, que vive em um país de língua
árabe e que tem
simpatia com as aspirações dos povos de língua árabe”.
História do Mundo
Árabe
Os árabes têm a sua história
vinculada ao espaço da Península Arábica, onde primordialmente se fixaram em
uma região tomada por vários desertos que dificultavam a criação de povos
sedentarizados. Por isso, percebemos que no início de sua trajetória, os árabes
eram povos de feição nômade que se intercalavam entre as regiões desérticas e
os valiosos oásis presentes ao longo deste território.
Conhecidos como beduínos, essa
parcela do povo árabe era conhecida pela sua religião politeísta e a criação de
animais. A realidade dos beduínos era bem diferente da que poderíamos ver nas
porções litorâneas da Península Arábica. Neste outro lado da Arábia, temos a
existência de centros urbanos e a consolidação de uma economia agrícola mais
complexa. Entre as cidades da região se destacava Meca, grande centro comercial
e religioso dos árabes.
Regularmente, os árabes se
deslocavam para cidade de Meca a fim de prestar homenagens e sacrifícios às
várias divindades presentes naquele local. Entre outros signos sagrados,
destacamos o vale da Mina, o monte Arafat, o poço sagrado de Zen-Zen e a Caaba,
principal templo sagrado onde era abrigada a Pedra Negra, um fragmento de
meteorito de forma cúbica protegido por uma enorme tenda de seda preta.
A atração de motivo religioso
também possibilitava a realização de grandes negócios, que acabaram formando
uma rica classe de comerciantes em Meca. Nos fins do século VI, essa
configuração do mundo árabe sofreu importantes transformações com o
aparecimento de Maomé, um jovem e habilidoso caravaneiro que circulou
várias regiões do Oriente durante suas atividades comerciais.
Nesse tempo, entrou em contato com
diferentes povos e, supostamente, teria percebido as várias singularidades que
marcam a crença monoteísta dos cristãos e judeus. Em 610, ele provocou uma
grande reviravolta em sua vida ao acreditar que teria de cumprir uma missão
espiritual revelada pelo anjo Gabriel, durante um sonho. A partir de então, se
tornou o profeta de Alá, o único deus verdadeiro.
O sucesso de sua atividade de
pregação acabou estabelecendo a conquista de novos adeptos ao islamismo. A
experiência religiosa inédita soou como uma enorme ameaça aos comerciantes de
Meca, que acreditavam que o comércio gerado pelas peregrinações politeístas
seria aniquilado por essa nova confissão. Com isso, Maomé e seu crescente
número de seguidores foram perseguidos nas proximidades de Meca.
Acuado, o profeta Maomé resolveu
se refugiar na cidade de Yatreb, onde conquistou uma significativa leva de
convertidos que pressionaram militarmente os comerciantes de Meca. Percebendo
que não possuíam alternativas, os comerciantes decidiram reconhecer a
autoridade religiosa de Maomé, que se comprometera a preservar as divindades
milenares da cidade de Meca.
A partir desse momento, os árabes
foram maciçamente convertidos ao ideário do islamismo e vivenciaram uma nova
fase em sua trajetória. Entre os séculos VII e VIII, os islâmicos estabeleceram
um processo de expansão que difundiu sua crença em várias regiões do norte da
África, da Península Ibérica e em algumas parcelas do mundo oriental.
Arábia pré-islâmica
Os beduínos eram nômades e levavam uma vida difícil no
deserto, utilizando como meio de sobrevivência o camelo, animal do qual
retiravam seu alimento (leite e carne) e vestimentas (feitas com o pêlo). Com
suas caravanas, praticavam o comércio de vários produtos pelas cidades da
região. Já as tribos coraixitas, habitavam a região litorânea e viviam do
comércio fixo.
Expansão do islamismo
e a formação do império
Foi após a morte do profeta, em 632, que a Arábia
foi unificada. A partir desta união, impulsionada pela doutrina religiosa
islamita, foi iniciada a expansão do império árabe. Os árabes foram
liderados por um califa, espécie de chefe político, militar e religioso.
Os seguidores do alcorão, livro sagrado,
acreditavam que deveriam converter todos ao islamismo através da Guerra Santa.
Firmes nesta crença, eles expandiram sua religião ao Iêmen, Pérsia, Síria, Omã, Egito e
Palestina. Em 711, dominaram grande parte da península ibérica, espalhando sua
cultura pela região da Espanha e Portugal. Em 732, foram vencidos pelos francos, que
barraram a expansão deste povo pelo norte da Europa. Aos poucos, novas
dinastias foram surgindo e o império foi perdendo grande parte de seu poder e
força.
Expansão da cultura árabe
Durante o período de conquistas, ampliaram seu
conhecimento através da absorção das culturas de outros povos, levando-as
adiante a cada nova conquista. Foram eles que espalharam pela Europa grandes
nomes como o de Aristóteles e também outros nomes da antiguidade grega. Eles fizeram ainda importantes avanços e
descobertas médicas e cientificas que contribuíram com o desenvolvimento do
mundo ocidental.
No campo cultural, artístico e literário deixaram
grandes contribuições. A cultura árabe caracterizou-se pela construção de
maravilhosos palácios e mesquitas. Destacam-se, nestas construções, os
arabescos para ilustração e decoração. A literatura também teve um grande
valor, com obras até hoje conhecidas no Ocidente, tais como: As mil e uma
noites, As minas do rei Salomão e Ali Babá e os quarenta ladrões.
Árabes
Os árabes são os integrantes de um povo heterogêneo
que habita principalmente o Oriente Médio e a África setentrional,
originário da península
Arábica constituída
por regiões
desérticas. As dificuldades de
plantio e criação de animais fizeram com que seus habitantes se tornassem nômades, vagando pelo deserto em caravanas, em busca de água e de melhores
condições de vida. A essas tribos do deserto dá-se o nome de beduínos.
Existem
três fatores que podem ajudar, em graus diversos, na determinação se um
indivíduo é considerado árabe ou não:
§ Políticos: se ele vive em um país membro da Liga
Árabe (ou,
de maneira geral, no mundo árabe); essa definição cobre mais de
trezentos milhões de pessoas.
§ linguísticos: se sua língua
materna é
o árabe;
essa definição cobre mais de duzentos milhões de pessoas.
A
importância relativa desses fatores é estimada diferentemente por diferentes
grupos. Muitas pessoas que se consideram árabes o fazem com base na
sobreposição da definição política e linguística, mas alguns membros de grupos
que preenchem os dois critérios rejeitam essa identidade com base na definição
genealógica. Não há muitas pessoas que se consideram árabes com base na definição
política sem a linguística — assim, os curdos ou os berberes geralmente se
identificam como não-árabes — mas alguns sim, por exemplo, alguns Berberes
consideram-se Árabes e nacionalistas árabes consideram os Curdos como Árabes.
Segundo
Habib Hassan Touma, "A
essência da cultura árabe envolve:
§ Língua árabe
§ Islã
§ Tradição e os costumes "
E
assim, "Um árabe, no sentido moderno da palavra, é alguém que é cidadão de
um estado árabe, conhece a língua árabe e possui um conhecimento básico da
tradição árabe, isto é, dos usos, costumes e sistemas políticos e sociais da
cultura."
"Um árabe é uma pessoa cuja
língua é o árabe, que vive em um país de língua árabe e que tem simpatia com as
aspirações dos povos de língua árabe."
A
definição genealógica foi largamente utilizada durante a Idade
Média (Ibn Khaldun, por
exemplo, não utiliza a palavra Árabe para se referir aos povos
"arabizados", mas somente àqueles de ascendência arábica original),
mas não é mais geralmente considerada particularmente significativa.
Embora
pratiquem ou se interessem por outras religiões como o espiritismo e o
candomblé, o árabe é essencialmente formado por muçulmanos, judeus e cristãos.
Nesse sentido, a maior parte dos árabes, são seguidores do islã, religião surgida na Península
Arábica no século
VII e que se vê como uma restauração do monoteísmo original de Abraão que para eles,
estaria corrompido pelo judaísmo e cristianismo. Os árabes cristãos são também muito numerosos; nos Estados
Unidos, por exemplo, cerca
de dois terços dos Árabes, particularmente os imigrantes da Síria, da Palestina, do Iraque e Líbano. No Brasil, Argentina,Chile, Venezuela e Colômbia a proporção de
cristãos entre os imigrantes árabes é ainda maior mas só recentemente nesses
países que a população islâmica evoluiu, sem necessariamente serem muçulmanos
árabes. De modo geral todos os imigrantes espalhados pelo mundo "judeus ou
cristãos" são uma consequência longínqua dos efeitos das cruzadas.
Durante
os séculos VIII e IX, os árabes (especificamente os Omíadas, e mais tarde os Abássidas) construíram um império cujas
fronteiras iam até o sul da França no oeste, China no leste, Ásia
menor no
norte e Sudão no sul. Este
foi um dos maiores impérios terrestres da História. Através da maior parte
dessa área, os Árabes espalharam a religião do Islã e a língua
árabe (a língua do Qur'an) através da conversão e assimilação,
respectivamente. Muitos grupos terminaram por ser conhecidos como
"árabes" não pela ascendência, mas sim pela arabização. Assim, com o
tempo, o termo "árabe" acabou tendo um significado mais largo do que
o termo étnico original. Muitos Árabes do Sudão, Marrocos, Argélia e outros
lugares tornaram-se árabes através da difusão cultural.
O nacionalismo
árabe declara que os árabes estão unidos por uma história,
cultura e língua comuns. Os nacionalistas árabes acreditam que a identidade
árabe engloba mais do que características físicas, raça ou religião. Uma ideologia similar, o pan-arabismo, prega a união de todas as "terras árabes"
em um Estado único. Nem todos os Árabes concordam com essas definições; os Maronitas libaneses, por exemplo, rejeitam geralmente a etiqueta
"árabe" em favor de um nacionalismo maronita mais estreito,
transformando o
cristianismo que professam em sinal de diferença em relação aos muçulmanos que
se consideram árabes (embora, em outros casos, o cristianismo seja o contrário;
valor imutavelmente ligado à identidade árabe, a qual transcende a religião,
sem negá-la, como é o dos melquitas, cujo Patriarca, Gregório
III Laham, afirma "Nós
somos a Igreja do Islam").
Estados
e territórios
Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Nomes: Marina Peixoto Guimarães
nº: 33
Mônica Peixoto
Guimarães nº:
36
Carolini do
Santos Ponte nº: 09
Bruna
Moreira
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