segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Geografia da Religião - Mundo Árabe - 8ªD


     Trabalho
           de    
     Geografia                            

    Tema:Mundo Árabe


                                          Introdução
O Império Árabe teve sua formação a partir da origem do islamismo, religião fundada pelo profeta Maomé. Antes disso, a Arábia era composta por povos semitas que, até o século VII, viviam em diferentes tribos. Apesar de falarem a mesma língua, estes povos possuíam diferentes estilos de vida e de crenças. 

                 O Mundo Árabe
mundo árabe, ou arabofonia, referem-se ao conjunto de países que falam o árabe e se distribuem geograficamente, do oceano Atlântico, a oeste, até o mar Arábico, a leste, e do mar Mediterrâneo, a norte do Corno de África, até o nordeste do oceano Índico. É constituído por 22 países e territórios com uma população combinada de 360 milhões de pessoas abrangendo o Norte de África e a Ásia Ocidental.
O sentimento de nacionalismo árabe surgiu na segunda metade do século XIX, juntamente com outros nacionalismos dentro do Império Otomano. A Liga Árabe foi formada em 1945 para representar os interesses dos árabes e, especialmente, para o exercício da unificação política do mundo árabe, um projeto conhecido como o pan-arabismo. Hoje, os Estados árabes se caracterizam pelos seus governos autocráticos e falta de controle democrático. Os protestos populares em todo o mundo árabe no final de 2010 e início de 2011 são direcionados contra os governos autoritários e a corrupção política, combinada com a exigência de mais direitos democráticos.

                                                           Definição
A denotação linguística e política inerente ao termo "árabe" são geralmente dominantes sobre as considerações genealógicas. Assim, os indivíduos com pouca ou nenhuma ascendência direta da Península Arábica poderiam identificar-se ou serem considerados como árabes, em parte por força da sua língua de origem. Essa identidade, no entanto, é contestada por muitos povos de origem não-árabe; A Liga Árabe, uma organização regional de países destinada a enquadrar o mundo árabe, define um árabe como:
“Um árabe é uma pessoa cuja língua é o árabe, que vive em um país de língua árabe e que tem simpatia com as aspirações dos povos de língua árabe”.

                                                                                História do Mundo Árabe      
Os árabes têm a sua história vinculada ao espaço da Península Arábica, onde primordialmente se fixaram em uma região tomada por vários desertos que dificultavam a criação de povos sedentarizados. Por isso, percebemos que no início de sua trajetória, os árabes eram povos de feição nômade que se intercalavam entre as regiões desérticas e os valiosos oásis presentes ao longo deste território.
Conhecidos como beduínos, essa parcela do povo árabe era conhecida pela sua religião politeísta e a criação de animais. A realidade dos beduínos era bem diferente da que poderíamos ver nas porções litorâneas da Península Arábica. Neste outro lado da Arábia, temos a existência de centros urbanos e a consolidação de uma economia agrícola mais complexa. Entre as cidades da região se destacava Meca, grande centro comercial e religioso dos árabes.
Regularmente, os árabes se deslocavam para cidade de Meca a fim de prestar homenagens e sacrifícios às várias divindades presentes naquele local. Entre outros signos sagrados, destacamos o vale da Mina, o monte Arafat, o poço sagrado de Zen-Zen e a Caaba, principal templo sagrado onde era abrigada a Pedra Negra, um fragmento de meteorito de forma cúbica protegido por uma enorme tenda de seda preta.
A atração de motivo religioso também possibilitava a realização de grandes negócios, que acabaram formando uma rica classe de comerciantes em Meca. Nos fins do século VI, essa configuração do mundo árabe sofreu importantes transformações com o aparecimento de Maomé, um jovem e habilidoso caravaneiro  que circulou várias regiões do Oriente durante suas atividades comerciais.
Nesse tempo, entrou em contato com diferentes povos e, supostamente, teria percebido as várias singularidades que marcam a crença monoteísta dos cristãos e judeus. Em 610, ele provocou uma grande reviravolta em sua vida ao acreditar que teria de cumprir uma missão espiritual revelada pelo anjo Gabriel, durante um sonho. A partir de então, se tornou o profeta de Alá, o único deus verdadeiro.
O sucesso de sua atividade de pregação acabou estabelecendo a conquista de novos adeptos ao islamismo. A experiência religiosa inédita soou como uma enorme ameaça aos comerciantes de Meca, que acreditavam que o comércio gerado pelas peregrinações politeístas seria aniquilado por essa nova confissão. Com isso, Maomé e seu crescente número de seguidores foram perseguidos nas proximidades de Meca.
Acuado, o profeta Maomé resolveu se refugiar na cidade de Yatreb, onde conquistou uma significativa leva de convertidos que pressionaram militarmente os comerciantes de Meca. Percebendo que não possuíam alternativas, os comerciantes decidiram reconhecer a autoridade religiosa de Maomé, que se comprometera a preservar as divindades milenares da cidade de Meca.
A partir desse momento, os árabes foram maciçamente convertidos ao ideário do islamismo e vivenciaram uma nova fase em sua trajetória. Entre os séculos VII e VIII, os islâmicos estabeleceram um processo de expansão que difundiu sua crença em várias regiões do norte da África, da Península Ibérica e em algumas parcelas do mundo oriental.

Arábia pré-islâmica
Os beduínos eram nômades e levavam uma vida difícil no deserto, utilizando como meio de sobrevivência o camelo, animal do qual retiravam seu alimento (leite e carne) e vestimentas (feitas com o pêlo). Com suas caravanas, praticavam o comércio de vários produtos pelas cidades da região. Já as tribos coraixitas, habitavam a região litorânea e viviam do comércio fixo.

         Expansão do islamismo e a formação do império
Foi após a morte do profeta, em 632, que a Arábia foi unificada. A partir desta união, impulsionada pela doutrina religiosa islamita, foi iniciada a expansão do império árabe.  Os árabes foram liderados por um califa, espécie de chefe político, militar e religioso.
Os seguidores do alcorão, livro sagrado,  acreditavam que deveriam converter todos ao islamismo através da Guerra Santa. Firmes nesta crença, eles expandiram sua religião ao Iêmen, Pérsia, Síria, Omã, Egito e Palestina. Em 711, dominaram grande parte da península ibérica, espalhando sua  cultura pela região da Espanha e Portugal. Em 732, foram vencidos pelos francos, que barraram a expansão deste povo pelo norte da Europa. Aos poucos, novas dinastias foram surgindo e o império foi perdendo grande parte de seu poder e força. 

                              Expansão da cultura árabe 
Durante o período de conquistas, ampliaram seu conhecimento através da absorção das culturas de outros povos, levando-as adiante a cada nova conquista. Foram eles que espalharam pela Europa grandes nomes como o de Aristóteles e também outros nomes da antiguidade grega. Eles fizeram ainda importantes avanços e descobertas médicas e cientificas que contribuíram com o desenvolvimento do mundo ocidental. 
No campo cultural, artístico e literário deixaram grandes contribuições. A cultura árabe caracterizou-se pela construção de maravilhosos palácios e mesquitas. Destacam-se, nestas construções, os arabescos para ilustração e decoração. A literatura também teve um grande valor, com obras até hoje conhecidas no Ocidente, tais como: As mil e uma noites, As minas do rei Salomão e Ali Babá e os quarenta ladrões.

                                                         Árabes
Os árabes são os integrantes de um povo heterogêneo que habita principalmente o Oriente Médio e a África setentrional, originário da península Arábica constituída por regiões desérticas. As dificuldades de plantio e criação de animais fizeram com que seus habitantes se tornassem nômades, vagando pelo deserto em caravanas, em busca de água e de melhores condições de vida. A essas tribos do deserto dá-se o nome de beduínos.
Existem três fatores que podem ajudar, em graus diversos, na determinação se um indivíduo é considerado árabe ou não:
§  Políticos: se ele vive em um país membro da Liga Árabe (ou, de maneira geral, no mundo árabe); essa definição cobre mais de trezentos milhões de pessoas.
§  linguísticos: se sua língua materna é o árabe; essa definição cobre mais de duzentos milhões de pessoas.
§  Genealógicos: Pode-se traçar sua ascendência até os habitantes originais da península arábica.
A importância relativa desses fatores é estimada diferentemente por diferentes grupos. Muitas pessoas que se consideram árabes o fazem com base na sobreposição da definição política e linguística, mas alguns membros de grupos que preenchem os dois critérios rejeitam essa identidade com base na definição genealógica. Não há muitas pessoas que se consideram árabes com base na definição política sem a linguística — assim, os curdos ou os berberes geralmente se identificam como não-árabes — mas alguns sim, por exemplo, alguns Berberes consideram-se Árabes e nacionalistas árabes consideram os Curdos como Árabes.
Segundo Habib Hassan Touma, "A essência da cultura árabe envolve:
§  Língua árabe
§  Islã
§  Tradição e os costumes "
E assim, "Um árabe, no sentido moderno da palavra, é alguém que é cidadão de um estado árabe, conhece a língua árabe e possui um conhecimento básico da tradição árabe, isto é, dos usos, costumes e sistemas políticos e sociais da cultura."
Quando da sua formação em 1946, a Liga Árabe assim definiu um árabe
"Um árabe é uma pessoa cuja língua é o árabe, que vive em um país de língua árabe e que tem simpatia com as aspirações dos povos de língua árabe."
A definição genealógica foi largamente utilizada durante a Idade Média (Ibn Khaldun, por exemplo, não utiliza a palavra Árabe para se referir aos povos "arabizados", mas somente àqueles de ascendência arábica original), mas não é mais geralmente considerada particularmente significativa.
Embora pratiquem ou se interessem por outras religiões como o espiritismo e o candomblé, o árabe é essencialmente formado por muçulmanos, judeus e cristãos. Nesse sentido, a maior parte dos árabes, são seguidores do islã, religião surgida na Península Arábica no século VII e que se vê como uma restauração do monoteísmo original de Abraão que para eles, estaria corrompido pelo judaísmo e cristianismo. Os árabes cristãos são também muito numerosos; nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de dois terços dos Árabes, particularmente os imigrantes da Síria, da Palestina, do Iraque e Líbano. No Brasil, Argentina,Chile, Venezuela e Colômbia a proporção de cristãos entre os imigrantes árabes é ainda maior mas só recentemente nesses países que a população islâmica evoluiu, sem necessariamente serem muçulmanos árabes. De modo geral todos os imigrantes espalhados pelo mundo "judeus ou cristãos" são uma consequência longínqua dos efeitos das cruzadas.
Durante os séculos VIII e IX, os árabes (especificamente os Omíadas, e mais tarde os Abássidas) construíram um império cujas fronteiras iam até o sul da França no oeste, China no leste, Ásia menor no norte e Sudão no sul. Este foi um dos maiores impérios terrestres da História. Através da maior parte dessa área, os Árabes espalharam a religião do Islã e a língua árabe (a língua do Qur'an) através da conversão e assimilação, respectivamente. Muitos grupos terminaram por ser conhecidos como "árabes" não pela ascendência, mas sim pela arabização. Assim, com o tempo, o termo "árabe" acabou tendo um significado mais largo do que o termo étnico original. Muitos Árabes do Sudão, Marrocos, Argélia e outros lugares tornaram-se árabes através da difusão cultural.
O nacionalismo árabe declara que os árabes estão unidos por uma história, cultura e língua comuns. Os nacionalistas árabes acreditam que a identidade árabe engloba mais do que características físicas, raça ou religião. Uma ideologia similar, o pan-arabismo, prega a união de todas as "terras árabes" em um Estado único. Nem todos os Árabes concordam com essas definições; os Maronitas libaneses, por exemplo, rejeitam geralmente a etiqueta "árabe" em favor de um nacionalismo maronita mais estreito, transformando o cristianismo que professam em sinal de diferença em relação aos muçulmanos que se consideram árabes (embora, em outros casos, o cristianismo seja o contrário; valor imutavelmente ligado à identidade árabe, a qual transcende a religião, sem negá-la, como é o dos melquitas, cujo Patriarca, Gregório III Laham, afirma "Nós somos a Igreja do Islam").

  Estados e territórios
§  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/77/Flag_of_Algeria.svg/20px-Flag_of_Algeria.svg.png Argélia
§  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2c/Flag_of_Bahrain.svg/20px-Flag_of_Bahrain.svg.png Bahrein
§  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/94/Flag_of_the_Comoros.svg/20px-Flag_of_the_Comoros.svg.png Comores
§  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/34/Flag_of_Djibouti.svg/20px-Flag_of_Djibouti.svg.png Djibouti
§  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fe/Flag_of_Egypt.svg/20px-Flag_of_Egypt.svg.png Egito
§  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f6/Flag_of_Iraq.svg/20px-Flag_of_Iraq.svg.png Iraque
§  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c0/Flag_of_Jordan.svg/20px-Flag_of_Jordan.svg.png Jordânia
§  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/aa/Flag_of_Kuwait.svg/20px-Flag_of_Kuwait.svg.png Kuwait
§  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/59/Flag_of_Lebanon.svg/20px-Flag_of_Lebanon.svg.png Líbano
                     http://www.historiadomundo.com.br/arabe/
                     http://www.suapesquisa.com/historia/arabe/
                     http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rabes

Nomes:  Marina Peixoto Guimarães        nº: 33
             Mônica Peixoto Guimarães       nº: 36
             Carolini do Santos Ponte          nº: 09
             Bruna Moreira                         nº: 05

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